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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Mudando um pouco de assunto: Mark Knopfler, ainda...

Em música, quando falamos de arranjo, falamos da forma como uma composição é executada pela banda, conjunto, orquestra ou qualquer outra formação musical. Uma composição pode ser modificada completamente pelo arranjo, até o ponto de praticamente não lembrar o original.

No Jazz, é muito comum ouvirmos a mesma composição, em diversas interpretações e arranjos. Summertime, clássico de George Gershwin, pode ser ouvido em diferentes versões, todas magistrais, de músicos do quilate de Miles Davis (minha versão favorita) Charlie Parker, John Coltrane e Ella Fitzgerald entre outros. Faz parte do universo jazzístico e tambem do Blues, um tema ser reinterpretado e rearranjado constantemente, permitindo aos músicos aquilo que tem de mais prazeroso: o improviso. Mas isto é assunto para outro dia.

No rock a mudança de arranjo é algo mais raro, limitando-se a algumas poucas modificações efetuadas em apresentações ao vivo. Mas tem um exemplo que eu quero destacar aqui: Portobello Belle, canção do segundo álbum do Dire Straits. Escolhi não apenas pela verdadeira transformação que ela sofreu para uma turnê da banda, versão que acabou registrada na coletânea Money for Nothing, mas tambem pelo fato dela evidenciar o amadurecimento de um músico extremamente talentoso e inquieto, que não se prende a modismos.

Abaixo a versão original, do segundo álbum da banda, Communiqué de 1979.



Agora, ouça a versão que foi registrada na coletânea Money for Nothnig, de 1988, e veja como o arranjo pode transformar uma música.