Páginas

Mostrando postagens com marcador PMDB. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador PMDB. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Dilma descobriu que ninguém troca alianças com o PMDB impunimente.

Artigo de Augusto Nunes, publicado originalmente na página do autor em VEJA.com. Para acessá-lo, clique aqui.



08/06/2011
 às 19:13



A cerimônia de posse de Gleisi Hoffmann na chefia da Casa Civil também consumou o enterro de Antonio Palocci, escancarou as fissuras no PT e, sobretudo, formalizou a consolidação do PMDB no coração do poder. O vice-presidente Michel Temer, com a pose de quem conseguiu unificar um partido dividido em capitanias regionais e submeteu Palocci a um pito por telefone, foi citado três vezes no discurso de Gleisi (duas a mais que Lula). E mereceu de Dilma Rousseff o tratamento afetuoso que não foi estendido ao PT. Os espertalhões perderam outra batalha contra os velhacos.
Na abertura do palavrório, além de afagar o vice com a suavidade que nega aos companheiros, a presidente saudou José Sarney como representante do Legislativo, Romero Jucá como síntese dos senadores e Cândido Vaccarezza, líder do governo, como uma perfeita tradução dos deputados federais. O petista gaúcho Marco Maia, eleito presidente da Câmara sem o aval do Planalto, não ouviu seu nome pronunciado nem por Dilma nem por Gleisi.
Na segunda-feira, José Dirceu comemorou em Brasília a queda iminente do inimigo Palocci e o início de um governo Dilma controlado pela direção do PT. Descobriu horas depois que festejara um tiro no pé. O partido do guerrilheiro de festim continua com o tamanho que tinha antes da descoberta do milagre da multiplicação do patrimônio de Antonio Palocci. O PMDB, além de aumentar a bancada no Senado com a posse de Sérgio de Sousa, suplente de Gleisi Hoffmann, ficou mais musculoso.
Durante a crise protagonizada pelo traficante de influência, não se registraram diferenças notáveis no comportamento dos principais partidos governistas. Ambos evitaram o abraço do afogado e continuaram na praia em busca de mais espaços. Mas a presidente compreendeu que não conseguirá governar sem o apoio do PMDB. É essa a sigla que hoje decide o que será ou não aprovado no Congresso. E faz questão de ser tratada com muito carinho.
Ninguém troca alianças com o PMDB impunemente. Políticos ou partidos que se unem à legenda representada pela trinca Temer-Sarney-Jucá costumam descobrir tarde demais que o casamento só pode ser dissolvido se a noiva quiser. Pelos sorrisos registrados nesta tarde, a noiva está muito feliz.


sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Até quando...

Quando você pensa que não tem como piorar, Nelson Jobim te surpreende. José Genoíno, o mais desmoralizado publicamente pelo escândalo do mensalão, que nem conseguiu votos suficientes para se eleger deputado federal, foi convidado para ser assessor especial do ministro da Defesa. Tap!

Não bastasse ter que pagar a conta das férias dos Lula da Silva, ainda temos que engolir o escárnio desta nobre família para com o povo. Na mediocridade do pensamento lulista o problema é a inveja que se sente deles. Somos "jumentos" invejosos, uma minoria. Típica estupidez esquerdista. Já que eles são "maioria", podem. Pelo menos julgam assim e nos julgam invejosos. Parece que a OAB resolveu se mexer com relação aos passaportes diplomáticos concedidos pelo chanceler em miniatura, Celso Amorim, em nome dos interesses nacionais à tão nobres cidadãos. Tap de novo!

Bom, aparentemente o PSDB começa a acordar tambem (espero não estar sendo demasiado otimista) e resolveu "criticar" Lula e a barganha vergonhosa de cargos entre PT e PMDB na primeira semana de governo. Agora podemos continuar fingindo que acreditamos que existe oposição no Brasil.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Na pressão por cargos, PMDB agora ameaça rejeitar mínimo de R$ 540 - politica - Estadao.com.br

Notícia publicada originalmente no Estadao.com.br. Para acessar basta clicar no link abaixo:

Na pressão por cargos, PMDB agora ameaça rejeitar mínimo de R$ 540 - politica - Estadao.com.br


Atitude é clara retaliação ao governo por perda de cargos estratégicos no segundo escalão

04 de janeiro de 2011 | 23h 00

Adriana Fernandes, Vera Rosa, Fábio Graner e João Domingos - O Estado de S.Paulo
Três dias depois do início do governo, o PMDB do vice-presidente Michel Temer tenta encurralar a presidente Dilma Rousseff. Insatisfeito com os avanços do PT sobre os cargos do segundo escalão com orçamentos bilionários, antes controlados pelo partido, o PMDB anunciou que iniciará a retaliação pela votação do novo salário mínimo. O governo quer mantê-lo em R$ 540; o PMDB quer mais.
Essa reação era a que Dilma mais temia. Antes mesmo de tomar posse, ela vinha sendo aconselhada pelo ministro da Casa Civil, Antonio Palocci (PT), a tomar cuidado com o PMDB, especialista em usar o peso de sua bancada para pressionar por cargos importantes no governo.
Um eventual aumento do salário mínimo provocará um estrago nas contas do governo. No último dia como presidente, Luiz Inácio Lula da Silva editou medida provisória fixando o mínimo em R$ 540. De acordo com o Ministério do Planejamento, cada real representa um aumento de R$ 286,4 milhões no Orçamento. Mas a elevação do valor não significa só o impacto nas contas públicas. Se o PMDB comandar uma operação de reajuste, estará ameaçando logo no início do governo a política de austeridade fiscal pregada por Dilma.
Alvo. Porta-voz da revolta dos peemedebistas, o líder do partido, Henrique Eduardo Alves (RN) - até agora uma espécie de alvo dos petistas na maioria das rasteiras levadas pelo PMDB no preenchimento dos cargos - anunciou nesta terça-feira, 3, depois de uma reunião com Temer e com os senadores José Sarney (AP), presidente do Senado, e Valdir Raupp (RO), presidente interino do PMDB, que o partido quer saber por que o governo chegou ao valor de R$ 540. Disse que poderá ser maior e levou o pleito ao ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio. "O Congresso existe para melhorar as propostas, não só para carimbá-las."
O PMDB programou uma reunião ontem à noite com ministros e as lideranças do partido, em Brasília, na casa da governadora Roseana Sarney(MA).
Antevendo a crise, Dilma já havia convocado Temer e Sarney a ajudá-la. Ao mesmo tempo, Palocci telefonava a peemedebistas para dizer que o PMDB terá postos no segundo escalão equivalentes aos que perdeu na Saúde e nos Correios.
Ainda na noite de segunda-feira, Temer aproveitou a primeira reunião da coordenação política do governo para pedir a Dilma que adiasse a escolha dos cargos do segundo escalão para depois da eleição das Mesas da Câmara e do Senado, em 1.º de fevereiro, como revelou o Estado. A intenção era evitar que a crise contaminasse as votações. Dilma acatou as ponderações. No dia seguinte, no entanto, o PMDB apresentou a primeira cobrança à presidente, por um mínimo maior.
Recados. A reação no Planalto, de acordo com assessores de Dilma, foi de estupefação. Depois de uma conversa com Palocci, Dilma foi aconselhada a manter o diálogo e esperar pela posse do novo Congresso, com renovação de cerca de 50% das cadeiras. A presidente, no entanto, mandou recados ao PMDB por intermédio do ministro da Fazenda, Guido Mantega. "Se vier algo diferente disso (R$ 540), vamos simplesmente vetar", disse. "Um aumento acima disso pode provocar expectativas negativas, até mesmo de inflação", acrescentou. Mantega afirmou ainda que um valor maior deterioraria as contas públicas.


Comento:

Coalizão, distribuição de cargos de confiança e indicações políticas para cargos que deveriam ser ocupados por técnicos não são novidade, não nasceram neste governo, nem no anterior, porém nunca houve (pelo menos eu não me recordo) tamanha sanha e exposição disto. Não há mais discrição; o balcão de negócios agora é público e não há constrangimentos em admitir o toma lá, dá cá. Sem cargos, sem apoio. O recado é este e é claro. Qualquer coisa tem servido como instrumento de negociação, como a questão do salário mínimo. Este governo mal se organizou, mal começou a governar de fato; ainda não ocorreram as eleições para as presidências da Câmara e do Senado e já há uma tensão escancarada entre os dois principais partidos que compõe a base do governo. Péssimo para a sociedade, e ainda mais com uma oposição de mentirinha.