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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Acho que ainda não viramos a página.

Quem acreditou que a partir do dia 2 de janeiro o Brasil começaria a viver uma nova fase, sob um novo governo, podendo deixar no passado as arbitrariedades, bobagens e disparates de Lula e do cordão de puxa-sacos que o cercava, se decepcionou novamente.

Ainda nem terminou a primeira semana do ano e o PMDB já se engalfinha com o PT, ambos rosnando e mostrando as garras, pelos cargos do segundo escalão. A desfaçatez volta a dar o tom, pois até o salário mínimo está sendo usado na perfídia. 

Guido Mantega, convoca a imprensa para falar absolutamente nada, cria expectativa e sacode o mercado financeiro, dando um exemplo de como NÃO deve agir um ministro. Novamente.  Texto primoroso a este respeito foi escrito por Maílson da Nóbrega em seu blog

No último dia de seu reinado, Lula comete a maior de suas besteiras e decide não extraditar o terrorista italiano, e assassino condenado, Cesare Battisti, causando um imenso incidente diplomático com a Itália, que, goste-se ou não de Sílvio Berluscone, é um país democrático. A conversa fiada de que se tratou de decisão soberana do ex-presidente convence apenas os tolos. O motivo foi claramente ideológico, como atesta a participação no caso de Tarso Genro e José Eduardo Cardozo, além do endosso de Celso Amorim e Marco Aurélio Garcia. 

Como se não bastasse; quando julgava-se este desencarnado do poder, divulga-se que Lula passa férias com a  família no Guarujá, por conta do contribuinte, com direito a escárnio dos 'Lulinhas', via Twitter, para com os indignados, os mesmos 'Lulinhas', que noticiou-se hoje, receberam passaporte diplomático do Itamaraty, no apagar das luzes da gestão de Celso Amorim, sempre ao dispor de seu "guia".

Ao contrário do que alguns tuitaram e divulgaram em suas páginas de Facebook entre ontem e hoje, não viramos a página não, Lula continua esbofeteando a cara do cidadão de bem e agora livre do embaraço da liturgia do cargo para escarnecer de quem ousar reclamar. Se bem que isto para ele nunca foi problema.